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Ponte Kassuende em Tete sobre o rio Zambeze

• Localização: Tete, Moçambique
• Solução: Obras de Arte, Geotecnia, Infraestruturas e Transportes
• Tipo: Pontes rodoviárias, Ensaios, prospecção e estudos, Projectos geotécnicos, Vias rodoviárias e ferroviárias
• Promotor: ANE - Administração Nacional de Estradas de Moçambique
• Cliente: MOTA-ENGIL / SOARES DA COSTA / OPWAY grupo construtor
• Âmbito: Projecto de Estruturas e de Traçado Rodoviário, Projecto de Estruturas e de Traçado Rodoviário, Estudos de Capacidade Geotécnica, Hidrológicos e de Drenagem, Projecto Geotécnico de Dique de protecção de cheias
• Área: 23 425 m2 de tabuleiro
• Projecto: 2008/2011
• Construção: 2011/2014
• Fotografia: Filipe Branquinho
• Construtor: MOTA-ENGIL / SOARES DA COSTA / OPWAY grupo construtor
• Dimensão: 1 583m de extensão, 135m vão máximo
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A ponte sobre o rio Zambeze em Tete – a ponte de Kassuende – é um projecto de grande importância estratégica, pois permite a ligação de Moçambique com o Zimbabwe e liga o Malawi e a Zâmbia ao porto da Beira. Está inserida no eixo rodoviário Norte-Sul da zona oriental da África Austral, que liga a África do Sul aos Países de "inland", até ao Quénia.

A construção da ponte Kassuende veio dar resposta ao grande aumento de tráfego pesado rodoviário na região, motivado essencialmente pelas explorações mineiras. A travessia permite o bypass da cidade e garante níveis de serviço em exploração que a antiga ponte já não suportava.

A travessia estende-se ao longo de 1582.5m, subdivididos em 2 corpos estruturais distintos: a ponte principal (716.8m) e os 2 viadutos de acesso (2x434.8m).

O projecto incluiu, ainda, a construção de 15km de via rápida, na margem Sul, e um dique de protecção de cheias, na inserção da ponte na margem Norte, junto a Benga.

A ponte foi construída pelo método de avanços sucessivos e os viadutos de acesso por viga de lançamento. Os pilares da ponte foram realizados com plataforma sobre o rio e os maciços de estacas foram pré-fabricados e submergidos no local.

O tabuleiro da ponte consiste num caixão unicelular de betão armado pré-esforçado com almas inclinadas e altura variável. Os viadutos de acesso têm secção constante, também em caixão unicelular. A plataforma comporta a faixa de rodagem para duas vias de tráfego rodoviário e bermas e passeios amplos, prevendo a sua utilização no futuro.