01.11.2023

À conversa com os nossos colaboradores

01.11.2023

À conversa com os nossos colaboradores

Porque a Betar são as pessoas, no ano em que celebramos o 50º aniversário, entrevistámos alguns colaboradores que já completaram 25 anos nesta casa.

Como chegou à Betar?
O que recorda dos primeiros tempos?
Como é que a empresa evoluiu?
Estas foram algumas das questões que colocámos para perceber o que mudou em tantos anos

Leonor Antunes
Terminei o curso em 1994, tive um ano em obra e não gostei. Um colega do meu pai falou de mim ao Eng. José Mendonça e vim falar com ele. Na altura não havia vaga, mas dois meses depois chamou-me. Quando comecei na Betar, em 1996, só havia o 3º andar e o 2º esq. e não havia computadores para todos os engenheiros. Articulávamos o trabalho de cálculo com o restante e tínhamos de conjugar horários e partilhar um computador entre três, mas funcionou sempre muito bem, com muito respeito uns pelos outros. Quando entrei os sócios principais eram o Eng. José Mendonça e o Eng. António Cabral, o Eng. Veiga tinha acabado de se reformar. Éramos muito menos, nada comparado com a dimensão que hoje temos, e havia uma grande afinidade entre os empregados e os sócios. Os engenheiros Mendonça e Cabral eram pessoas muito queridas por toda a gente. Havia uma ligação especial. O sr. Fernandes, que era um desenhador, também me deixa saudades, assim como o Henrique Pereira, o mais louco de todos. Depois havia uma coisa muito gira: vínhamos trabalhar ao sábado e havia sempre um almoço, que era um convívio muito saudável. Sempre houve entreajuda e bom ambiente, ao longo de todos estes anos.

Paulo Rocha
Comecei a trabalhar com 16 anos numa outra empresa de engenharia. Desenhava edifícios. Na altura não fiz nenhum curso, tinha gosto e jeito para o desenho e, como o meu pai trabalhava para essa empresa, deram-me a oportunidade. Eram outros tempos. Ganhei experiência e depois surgiu um anúncio da Betar, concorri e fiquei. Quando comecei ainda usávamos estirador, não havia computadores, era muito diferente, tudo era desenhado diretamente no papel. Ainda estive sozinho na sala de desenho, depois chegou o Macau. Vim trabalhar com o Eng. Tiago, no desenho de pontes, foi uma mudança grande em relação ao que estava habituado a fazer, uma aprendizagem. A adaptação aos computadores foi fácil, era novo e o programa era muito mais básico do que é hoje.

António Macau
Nos anos 80 era desenhador na CP, depois Refer. Em 1992 vim para a Betar em part time, e acumulei os dois empregos até 2000, altura em que passei a tempo inteiro. Lembro-me do boom de obras nos anos 90, chamavam à Betar “a fábrica de projetos”. Vim trabalhar com o Eng Tiago, que ainda não era “sénior” na empresa. Desenhava essencialmente pontes de betão. Até hoje. Para o ano devo reformar-me. A Betar era uma empresa muito familiar, de três ou quatro amigos. Havia uma proximidade muito grande, o Eng. Cabral andava sempre a assobiar. Depois a empresa cresceu muito, evoluiu. Mudou, mas sempre gostei de cá estar. Quando cheguei ainda usávamos tira linhas (canetas de lâminas reguláveis que enchíamos de tinta). Depois passámos para as canetas Rotring, que eram uma maravilha. Seguiram-se os computadores, foi uma mudança brutal, mas sempre me adaptei.

Lídia Aderneira
Entrei para a Geotest em 1992. Foi através da Anabela Marques que soube que havia vagas. Na altura, não conhecia nada do mundo da Geotecnia, mas depois de perceber comecei a “tomar-lhe o gosto”, tanto no laboratório como em trabalho de campo, na prospecção. O trabalho que fazia quando cheguei à empresa é idêntico ao que faço hoje, a urgência é a mesma, os equipamentos não mudaram muito, embora tenhamos agora máquinas de campo maiores. O ambiente na empresa tem sido muito bom, entre todos os colegas. Tentamos sempre ter boa disposição e, às vezes, aligeirar com brincadeiras. Nestes últimos anos, com a Engª Isa, tem sido espetacular, é uma grande líder, o que ajuda muito.

Anabela Marques
Vim parar à Geotest através do IJOVIP, que promovia a integração de jovens no mercado de trabalho. Quando comecei fazia um pouco de área administrativa e de laboratório. A certa altura, o Prof. Gabriel Almeida perguntou-me se queria ficar a tempo inteiro numa área ou na outra, eu escolhi o laboratório e ele, com muita graça, disse que as “unhas pintadas já não seriam como antes”. Atualmente sou Analista de Geotecnia. Quando a Betar comprou a empresa mudaram algumas caras, mas o trabalho manteve-se. Às vezes, no terreno, veem-me chegar com os equipamentos e perguntam pelo colega [homem], porque é um trabalho pesado, mas eu gosto do que faço e o ambiente também é muito agradável. Devo cá ficar até à reforma.

Paula Gomes
Entrei na Geotest como administrativa, mas nesse mesmo ano convidaram-me a tirar uma formação em AutoCAD, o nosso programa de desenho. Depois de terminar, estive três anos a fazer as duas coisas, mas acabei por passar para desenhadora a tempo inteiro. O AutoCAD manteve-se mas teve imensa evolução e nós fomos acompanhando. A nossa ligação com a sede acontece quando vem alguém para tratar de algum assunto ou nos eventos organizados pela empresa. Temos tidos altos e baixos, como todas as empresas, mas se estou cá ao fim de tantos anos é por algum motivo.

Carlos Henriques
Quando fechou a gráfica onde eu trabalhava, soube que a Geotest estava a precisar de pessoas. Como a minha formação é de laboratório, sou Analista de 1ª, vim falar com o Prof. Gabriel Almeida que me contratou. Quando entrei éramos umas 10 pessoas. Fiquei no laboratório, vários anos, mas há uns 18 anos mudei para o setor da prospecção, onde fazemos sondagem. Histórias relacionadas com a empresa não tenho muitas porque basicamente ando sempre sozinho mas, na década de 90, estive em grandes obras públicas como a Ponte Vasco da Gama, a CP, oleoduto, gasoduto… é um trabalho que gosto.

Esta entrevista é parte integrante da Revista Artes & Letras #158, de Novembro de 2023 

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